quinta-feira, 28 de janeiro de 2016

Segundo dia

Hoje pela manhã fui a psiquiatra, já que preciso de renovar meu encaminhamento da terapia de 4 em 4 meses. Aproveitei para falar da trico, dos tratamentos e remédios que já havia tomado anos atrás.

Ela me receitou dois remédios: um para a trico (Amato) e um para ansiedade (Olcadil). Como vou operar mês que vem, não sei se irei começar agora..Na verdade vou conversar com minha psicóloga e decidir se irei fazer o tratamento ou não.

A vontade é claro, apareceu, mas menor. O que demora para diminuir é a mão na cabeça. Mas vamos na luta!

Bjs,

N.

quarta-feira, 27 de janeiro de 2016

Primeiro dia da batalha

Hoje completei um dia sem arrancar. Pode parecer pouco, mas para quem luta contra a trico desde os 10/11 anos (tenho 31 hoje em dia) ficar um dia sem arrancar é uma luz no fim do túnel.

Senti vontade, coloquei inúmeras vezes a mão na cabeça. Cheguei inclusive a achar um fio que seria irresistível, mas consegui me controlar. A noite é um pouco pior, pois fico sozinha e a facilidade é maior.

Será que consigo resistir?

Beijos,

N.

terça-feira, 26 de janeiro de 2016

De volta

Quando resolvi criar o blog, tinha prometido entrar todos os dias e postar. Infelizmente não consegui nem postar e muito menos segurar a vontade de arrancar os fios.

Tinha prometido que este ano começaria de novo, para se Deus quiser, terminar 2016 com os cabelos "grandes" mas mais uma vez não consegui. Minha vida anda muito confusa, com muitos problemas não resolvidos e junto a eles, uma falta de vontade de resistir a vontade.

Junto a trico, sentimento de baixa alto estima, desânimo, frustração e outras coisas bem ruins. Engordei, parei de me exercitar e esqueci de mim.  Neste domingo prometi que esta semana seria diferente, que mesmo não conseguindo recomeçar tudo de uma vez (academia, dieta, etc) iria dar o meu melhor, me organizar e claro, não arrancar o primeiro fio. Ontem consegui algumas das minhas metas, mas infelizmente arranquei, menos que nos outros dias, mas não consegui me segurar.

Hoje acordei sem muito ânimo, mas sabia que precisava ir para a academia. Fui e me senti ótima! E até agora (21:51) não arranquei! Pode parecer pouco, mas me sinto muito bem e animada para continuar nesta batalha diária.

Espero voltar em breve com boas novas!

Bjs

sexta-feira, 14 de agosto de 2015

Metas e sonhos

Felizmente me mantenho firme e consegui completar mais um dia sem arrancar!

E é inevitável não fazer planos, imaginar os fios grandes..Sei que temos que ter paciência, mas pensar em metas de certa forma me incentiva a continuar resistindo aos fios.

Minha meta é ano que vem dizer aqui neste blog que estou completando 1 ano sem arrancar, ou seja, dia 11 de agosto de 2016 seria meu primeiro aniversário sem a doença e com os cabelos "grandes".

E depois? Bom, minha segunda meta é que os fios "novos e pequenos" cresçam e fiquem do mesmo tamanho do meu cabelo. Aí então farei um corte deixando-os todos iguais, do mesmo tamanho e farei questão de postar minha foto, curada!

Bom fim de semana e espero segunda-feira vir com boas notícias!

Bjs,

N.

quinta-feira, 13 de agosto de 2015

Um pouco sobre mim

Não lembro ao certo quando a trico entrou na minha vida. Tinha por volta dos 8, 9 anos quando comecei a arrancar. O motivo? Na época não gostava do meu cabelo crespo no topo da cabeça. Os "debaixo" eram finos e lisos, como eu gostava. Não lembro se senti dor, o fato é que queria me livrar dos fios e em pouco tempo eles começaram a aparecer no chão da minha casa. Minha mãe percebeu algo estranho e logo notou que eu estava com falhas. Não lembro se contei a ela que arrancava naquele momento, mas lembro que comecei a comer o fio inteiro "para ela não ver" que eu continuava arrancando. Começou aí a tricotilofagia.

Meus pais me levaram em psiquiatras que diagnosticaram a tricotilofagia. Fiz exames e constataram uma quantidade enorme de cabelo no estômago. Lembro que o benzoar era tão grande que nem com endoscopia conseguiram tirar, então aos 10 anos fui parar numa mesa de cirurgia. E não tive escolha: rasparam com máquina 2 meus cabelos.

Consegui ficar um tempo sem arrancar. Me recuperei da cirurgia e com o cabelo curto, não conseguia arrancar. Infelizmente ele começou a crescer e recomecei a arrancar, sendo que desta vez sem comer. Começava aí a tricotilomania.

Passei por várias fases. De conseguir ficar mais tranquila, de arrancar muito, de ficar com falhas enormes, com falhas menores. 

Há uns 2 anos, resolvi tentar usar uma prótese. Mais uma vez raspei com máquina 2 o cabelo e coloquei a prótese. Fiquei uns 4 meses com ela e resolvi adotar os fios curtinhos. Foi a primeira vez que vi meu cabelo totalmente do mesmo tamanho. A felicidade era imensa e no tempo com a prótese consegui ficar praticamente sem arrancar.

Infelizmente tive recaídas e as falhas voltaram. Em abril desde ano resolvi dar um basta e tentar mais uma vez. Muitas mudanças na minha vida estavam prestes a acontecer e queria que viver sem a trico fosse mais uma. Consegui pela primeira vez na vida ficar sem arrancar por 3 meses, mas tive uma recaída e voltei com força total a arrancar. E sempre quando fico sem arrancar, a volta é muito pior..
Fiquei arrasada quando vi a falha no topo da cabeça e na frente, onde quase não consigo disfarçar. 

No dia 11 de agosto, terça-feira consegui vencer mais uma batalha: passei o dia me segurando e não arranquei desde então! Claro que senti vontade, mas estou confiante e vencendo dia a dia.

Minha meta não é apenas relatar aqui sobre a trico, mas me "conhecer", saber onde e quando posso vencer esta doença maldita.


Espero que o blog ajude não só a mim, mas a qualquer pessoa que esteja na internet precisando de ajuda. Vamos vencer a trico!

Beijos,

N.